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            A “Exposição Afro Brasileira Axé Vodun” ” foi realizada em comemoração ao dia 20 de novembro de 2013, dia da Consciência Negra na Escola Estadual Arruda Câmara na cidade de Itambé/PE. Este evento foi marcante pela participação do corpo docente e discente da Escola, além das Escolas convidadas. Podemos registrar em Itambé a visitação de 479 pessoas durante o dia de exposição. Considerando a importância do negro em nossa sociedade a Escola Estadual Arruda Câmara, comemorou no dia 20 de novembro de 2013.

Que aglutina uma série de atividades que a escola vem desenvolvendo ao longo desse semestre.  Essa é a primeira exposição do professor Adilson Bezerra fora do eixo das grandes universidades paraibanas, a mesma fecha o ciclo de um total de quatro, realizadas em eventos acadêmicos. Informar e despertar a atenção da sociedade como um todo para essa riqueza cultural dos Voduns, Orixás e Nkisis do candomblé afro brasileiro é manter viva a história, bem como apresentar diferentes formas de subsídios para implementar a Lei 10639/03. Cada peça que faz parte da exposição tem como proposta apresentar a magia, o encantamento e a mística dos Voduns, exaltando a beleza e a força das marcas tribais de suas divindades. 

       A religiosidade afro brasileira, rica em simbologias, ritos e tradições nos levam, a um pensamento ecológico de respeito ao meio ambiente e preservação.  Uma vez que a diversidade étnica e cultural de seus deuses é representada pelas forças da natureza, possibilitando a passagem do universo religioso ao universo cultural. 
       A docência possibilitou ao artista e doutorando pesquisar sobre o seu processo de criação e, para trabalhar essa ideia, ele busca as origens.

 

Algumas das obras expostas durante a Exposição.

      Durante a Primeira Mostra Afro de Itambé, nós iremos desfrutar alem das obras em pedras, das mascaras em material reciclado.

 

         Cada máscara é um livro de magia aberto que fascina, que suscita a curiosidade,  nos convida a decifrar para descobrir de capítulo em capítulo a mensagem revelada. O escultor africano não tem o mesmo desejo que o escultor contemporâneo que sente necessidade de colocar sua assinatura na obra. Na África, a obra de arte não é propriedade de um escultor, mas é a expressão de uma etnia, de um povo e da divindade que utiliza a mão do artista para nela pousar sua essência espiritual num objeto.

       AS MÁSCARAS SAGRADAS representam uma divindade, uma força vital. Elas detêm os poderes religiosos. Elas exercem uma ação propiciatória ao trazer forças vitais benéficas (gênios, deuses secundários) que são os intercessores entre os homens e um deus difuso no universo. Elas exprimem a majestade, a sabedoria, o mistério das forças sobrenaturais que as animam. Elas são encarregadas de mostrar o invisível aos olhos humanos. Elas afastam as forças vitais do mal, elas protegem os homens das forças maléficas. Elas intervêm nas cerimônias: ritos de passagem, purificação, sacrifícios, iniciações, conjurações... elas desempenham um papel essencial no restabelecimento da ordem social. Elas representam os ancestrais e Deus, elas são boas e justas. Elas punem aqueles que trazem a desordem e a insegurança. Elas funcionam como os juízes supremos. Elas detêm os poderes jurídicos. Elas julgam os litígios, os problemas de família, dos clãs, das tribos. Estas máscaras só saem em acontecimentos importantes ou são guardadas em recipientes privados e sagrados.

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